sexta-feira, 13 de março de 2009
Barebacking - A roleta russa do sexo
Recentemente o comentário à respeito dos colegas de um amigo meu sobre a defesa do não uso de preservativos, me deixou um pouco assustada. No entanto, se saber que existem pessoas que se conseideram super heróis e são imunes a DSTs é algo esdrúxulo, absurdo, o que dizer dos praticantes de Barebacking?!
Uma reportagem de capa do JB Online trouxe à tona o assunto em uma matéria extremamente descritiva, com declarações de defensores da prática que, segundo a matéria, cresce cada vez mais no Brasil e torna-se caso de saúde pública. Segue abaixo alguns trechos da reportagem, mas a dica é que leiam o texto completo. Vale a pena, é estarrecedora.
‘Barebacking’ cresce no Brasil e torna-se caso de saúde pública
Texto de Vagner Fernandes - Jornal do Brasil
O que é Barebacking?
O termo ”barebacking” (derivado da palavra barebackers, usada em rodeios para designar os caubóis que montam a cavalo sem sela ou a pêlo) ficou conhecido internacionalmente como uma gíria para o sexo sem camisinha, praticado de preferência em grupo, em festas fechadas, por homens sorodiscordantes (HIVs positivos e negativos).
Porque o Barebacking é praticado?
Alguns homens tem a teoria de que o vírus da Aids, se contraído numa relação sexual, pode trazer benefícios para seu cotidiano, libertando-o, de uma vez por todas, do uso do preservativo, aumentando o prazer, proporcionado uma liberdade só experimentada no auge da revolução sexual, na década de 70.
Pequeno dicionário do Barebacking
As orgias são chamadas de conversion parties ou roleta-russa. Entre os convidados, há os bug chasers (caçadores de vírus), o HIV negativo, que se lança ao sexo sem camisinha, e os gift givers (presenteadores), os soropositivos que se dispõem a contaminar um negativo. São esses os responsáveis por entregar o gift (presente), o vírus.
Quem participa de encontros bare confirma: o prazer sem barreiras é o que importa. Quanto à Aids, eles não encaram mais a doença como mortal, porém crônica, com tratamento à base do coquetel. A contaminação, portanto, elimina o medo e apresenta uma perspectiva futura da naturalidade do contato pleno.
Códigos do Barebacking
Há regras, e elas são claras. É condição sine qua non ficar nu ou no, máximo, com uma toalha (cedida pela produção do evento) amarrada na cintura. Quem se recusa é convidado a se retirar. Outra exigência: o sexo tem de ser praticado nos ambientes comuns de convivência. Ou seja, nada de se trancar em banheiro, em cozinha, em quarto. Ali, todos estão para ver e serem vistos.
O preço da inconsequência
Homo, bi ou hetero, na festa, todos praticaram sexo sem camisinha. A irresponsabilidade tem preço. E alto. Dos cofres públicos do governo federal saem cerca de R$ 1 bilhão por ano para tratamento exclusivo de soropositivos. Um paciente consome de R$ 5.300 a R$ 26.700 por ano. Cerca de 20 mil pessoas infectadas iniciam tratamento com anti-retrovirais no país, anualmente.
Com ou sem orgia sexo sem preservativo é Barebacking. Apesar do conceito de barebacking estar associado a orgias freqüentadas por homens que praticam sexo com homens, qualquer pessoa, independentemente de orientação sexual, que busca o prazer sem lançar mão de camisinha é um barebacker. Também corre o risco de ser infectado, ainda que não seja um participante assíduo das conversion parties.
O mito da cura
Os adeptos do bare alegam que, em função dos avanços atuais relacionados ao tratamento anti-HIV e à facilidade de acesso a ele, caso sejam contaminados não perderão em qualidade de vida. Ainda defendem como ponto positivo para não abrir mão da prática o fato de a ansiedade e a angústia frente ao possível contágio pelo HIV desaparecerem, assim que se descobrem soropositivos. Isso é sinônimo de libertação, pois que o uso do preservativo passa a ser descartado.
O feitiço contra o feiticeiro
Anti-retrovirais não são os únicos responsáveis pela qualidade de vida de um HIV. Quando expostos, de forma freqüente, a relações de alto risco, os soropositivos podem sofrer o que se chama de “recontágio”, uma nova contaminação, acarretando aumento da carga viral e desencadeamento de queda de imunidade e sintomas. Além disso, têm grande chance de contrair outras DSTs, tais com sífilis. Isso, certamente, dificultará o tratamento.
Fonte:JB Online
Bem, diante de tanto, nem sei o que dizer. É por causa de comportamentos assim que eu não me sinto segura de fazer sexo sem camisinha. Como me arrependo dos momentos que o fiz, por insensatez ou por amor. E agradeço a Deus não ter contraído alguma DST ou algo pior. O texto é sensacional e tenho que agradecer ao meu VSR (virtual-sex-reporter) pela dica!
Este texto foi extraído do blog: http://www.avidasecreta.com/barebacking-a-roleta-russa-do-sexo/
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